corretas que sempre defendeu ruirem como castelos de areia. Foi um golpe duro. Considerado o último dos românticos, começou uma triste derrocada voluntária. Identificando- se com a personagem de A Dama mundo que fugia dos parâmetros que tinha estabelecido como ideais. Morreu no dia 9 de novembro de 1978 em São Paulo, aos 41 anos. São Paulo, Dener quebrou um tabu, criando para socialites vestir-se em Paris e quando no Brasil só existiam modistas que copiavam as criações francesas. Esse foi o marco inicial da roupa brasileira com estilo próprio. o estilo clássico, de bases simples, embora, nos modelos de festa e noiva, recorresse a bordados suntuosos e a uma certa dramaticidade. Requinte à parte, realizava-se mesmo fazendo taillers bem cortados. Mesmo vivendo cercado de glamour, Dener demonstrou ter visão também para o marketing e os negócios. Tanto que foi o primeiro estilista a usar a força da mídia para promover e divulgar seu nome e suas coleções. Com a mesma sensibilidade e inteligência, percebeu, nos anos 60, que era hora altacostura brasileira fugia da comodidade do copismo desenhando para clientes de acordo com o físico, idade, gosto e em consonância com o clima tropical brasileiro. industrializados. e atitudes excêntricas, o costureiro despertou raiva e paixão. Dener, naquela displicente e bem dosada arrogância de "retocador de Deus", embelezou as mulheres e enfureceu os homens. "Os homens, principalmente os recalcados, odiavam Dener e tudo o que o genial figurinista representava na frescura de sua masculinidade", escreveu o jornalista David Nasser. Quando o mundo começou a mudar, o dinheiro trocou de mãos e surgiu o noveau riche, Dener sentiu os |